quarta-feira, 9 de junho de 2010

Achados não perdidos!

Que coisa louca. Essa eu não podia deixar passar sem falar aqui...
Achei um caderno meu de 2004!!
Gente, já postei aqui antes sobre quanto eu escrevia antigamente, como eu gostava de fazer isso e era tão natural... e esse caderno é o retrato disso.
Incrível!! É muito tempo de lá até aqui e mesmo assim, quando leio essas linhas, tenho a sensação de que foi ontem... e ao mesmo tempo tão distante de mim.
Tão familiar e ao mesmo tempo tão fora de mim como se fossem relatos de vidas passadas.
Muita coisa...

Tantas histórias, tantas recordações, tantos nomes de pessoas que entraram em minha vida.
Os tempos de pré-vestibular.
As músicas do meu momento.
O medo da prova da UFBA.
A expectativa de um possível emprego.
Os sonhos que me faziam acordar assustada cujo teor se repete ainda hoje em outros.
Alguns amores, alguns amigos, algumas pessoas que custei a lembrar...
Alguns traumas e dores.
Despedida de um amigo que foi morar muito longe.
As festas no interior.
E, como não é de espantar, até escritos sobre recordações de momentos anteriores àqueles.

Sei lá.... acho que estou num momento meio estranho, nostálgico, indefinível!
Não é ruim, embora de certo modo se torne por ser uma saudade e não poder voltar.
É, não dá pra explicar mesmo.

Agora, adivinha qual a imagem que tem bem na frente dele, naquele plástico que fica logo depois da capa... Skank... hahahahaha ... algumas coisas não mudam!
Arrumei tão bonitinha a contra capa dele, enfeitei, e naquele plástico de dentro coloquei fotos de Skank.
Até letras de algumas músicas preferidas deles e a ordem de músicas de cada cd eu tenho naquele caderno!
Coisa mais fofa!

Agora, vou abrir a caixinha aqui para vocês e mostrar uma coisa que tinha escrito em uma das páginas. Uma poesia que encontrei na net certa feita e amei.
E me amo por esse costume de tudo escrever... Justamente por esse costume ela hoje está aqui, viva, e trazendo à vida EU mesma, uma parte que repousa lá dentro, sonolenta.


Me perguntas o que é saudade...
Saudade, eu te juro, é verdade!
É tristeza sem fim , um vazio...
Presença distante, um olhar suplicante
Um mundo sombrio!
Saudade é a presença sofrida,
um coração já sem vida
que a nostalgia amortalha...
Bem maior que a dor,
a Saudade é como a flor
que o orvalho da noite agasalha...
Saudade é a tarde fugindo,
é a noite surgindo,
trazendo a dor que consome...
Saudade é a lua saindo,
do fundo do mar emergindo
riscando em prata teu nome!
Me perguntas o que é Saudade...
Saudade, eu te digo:
É como a dor inclemente.
Só sabe mesmo é quem sente.

(de: Nelson de Medeiros Teixeira)

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